Sezefredo Garcia de Rezende

          Os deputados dissidentes, chefiados por Etienne Dessaune, formam um governo provisório, instalando-se num casarão no centro de Vitória, conhecido como Palácio da Carne Verde. Nestor Gomes, o Presidente eleito, fica entrincheirado no Palácio do Governo, protegido por parte da polícia estadual que também está dividida. Diante dessa situação é decretada intervenção federal. Garcia de Rezende é então designado por Nestor Gomes para trabalhar no "Diário da Manhã", órgão oficial do Estado, na rua Pedro Palácios, que se encontrava sob severa vigilância dos rebeldes, aos quais haviam aderido os redatores Luiz Fraga e Elpídio Pimentel.  Acalmados os ânimos, Nestor Gomes, foi consolidado no poder, governando o Estado com o apoio e admiração do povo. Garcia de Resende é nomeado Oficial de Gabinete, passando a morar no Palácio juntamente com o Secretário da Fazenda, Ildefonso Brito.
          A Imprensa Oficial é criada mas, Garcia de Rezende, equipa também o Diário da Manhã dotando as suas oficinas das duas primeiras linotipias, que ocupavam toda a parte térrea do Palácio, no espaço que pertenceu antes à velha Igreja de São Tiago. Escreve nessa época crônicas, que eram publicadas no Diário da Manhã, numa seção batizada de "Nota Ligeira". Publica no mesmo ano o livro "Fogo de Palha" (contos). Lança depois "Os outros", ilustrado por Correia Dias, editado e lançado no Rio de Janeiro pela Livraria Freitas Bastos.  Foi um dos fundadores da Academia Espírito-Santense de Letras.
          Com a posse de Florentino Avidos, Garcia de Rezende volta a atuar no "Diário da Manhã", agora como redator, no qual mantém uma coluna denominada "Nota Ligeira" Ocupava também a cadeira de professor de Instrução Moral e Cívica do Ginásio do Espírito Santo.
                                                                                                                                                       continua...

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