Alcebíades Ghiu (Al Ghiu) 

           Em 1947, já com uma bagagem de conhecimentos artísticos e vendendo seus trabalhos a capixabas endinheirados, a quem procurava no Rio de Janeiro, expõe pela 2ª vez em Vitória, na Casa do Estudante Capixaba. Foi durante essa exposição que conheceu Dionísio Del Santo, filho de cafeicultores de Colatina, que mostra a Ghiu seus desenhos e pinturas. Este o incentiva a mudar-se para o Rio, auxiliando a integrar-se ao ambiente artístico carioca.
          Em 1948, Alcebíades Ghiu ou Al Ghiu criou, no porão de um colégio na Rua Mariz e Barros, na Praça da Bandeira, uma república de artistas, denominada "Van Gogh", onde se reuniam artistas como Dionísio Sipaúba e o gaúcho Danúbio V. Gonçalves. Os artistas da "República" trabalhavam e contavam com o apoio e a proteção da professora Luridéia, proprietária do Colégio e uma das maiores incentivadoras de Al Ghiu. 
No ano de 1949, passa a desenhista da Secretaria de Estado da Educação do então Estado da Guanabara.
          Em 1950, conheceu, no Bar Badinho, na Rua Senador Dantas (ao lado do Cine Vitória, já desaparecido), o cineasta Alberto Cavalcanti, que voltava ao Brasil, depois de longa ausência, e já conhecido e respeitado no cinema francês e inglês. Das conversas nas rodas boêmias começava o interesse pelo cinema. Al Ghiu pretendia fazer um filme "Capitães de Areia", de Jorge Amado e Cavalcanti abraçou a idéia, que, no entanto, nunca se concretizou.
          No Bar Vermelhinho conheceu, logo depois, Nelson Pereira dos Santos e Jece Valadão. Desse contato, surge o convite de Nelson para que Ghiu participasse, como ator, no papel do jogador de futebol Daniel, do filme "Rio, 40 graus", lançado em 1955. Seguiram-se a essa outras atuações nos filmes "Mãos Sangrentas" e "Leonora dos Sete Mares", ambos de Carlos Hugo Christensen.
    continua...

anterior

próxima

início