O Teatro no Espírito Santo

          O Teatro no nosso Estado teve sua origem no início da colonização, segundo algumas fontes, em 1585, quando se dá a estréia de um auto de autoria do padre jesuíta José de Anchieta, na então "aldeia de Guaraparim", depois Guarapari.  A missão catequética dos jesuítas, levou os mesmos a recerrem a várias estratégias que tornassem mais eficaz o processo de evangelização dos chamados "gentios". Portanto, o temário usado nas encenações do período está relacionado com a religião.  Até 1597, ano da morte de Anchieta, foram encenadas no Espírito Santo, vários autos de sua autoria, mas que eram dirigidas e montadas com a ajuda de outros membros da Companhia de Jesus. Nessas encenações não havia preocupações de ordem técnica ou artística, nem mesmo havia locais específicos para apresentá-las ao público. Eram espetáculos que tinham implícito no seu amadorismo uma função didática ou educativa de ensinar aos "incultos", "pagãos" ou "não civilizados", os preceitos divinos e ocorriam, quase sempre, nos adros ou nos interiores das igrejas, nos colégiosdos inacionos, ou mesmo no terreiro entre as malocas indígenas em Nova Almeida, Anchieta, Vitória e outras localidades.
          Até o século XVIII, o teatro mantém, predominatemente, esse cunho religioso, seja nas peças mais longas, esquetes e jograis, apresentados nas festas e comemorações cívicas e religiosas. São raríssimas as referências a encenações de dramas de cunho satírico, escritas e dirigidas por imigrantes ou intelectuais.
          No século XIX, com o incentivo à imigração européia, pelo governador Francisco Rubim (1812 – 1819), para o implemento de uma economia de base agrícola no Estado, inicia-se uma nova fase colonialista, quando o teatro passa a ter um novo direcionamento.
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