Teatro Melpômene

          Pela Lei N.º 44, de 27/11/1872, era "concedida à Sociedade Dramática Particular, denominada "Melpômene", o empréstimo que solicitou seis contos de réis (6:000$000), em quatro prestações semestrais para a construção de um Theatro nesta capital, com 60 palmos de frente e 100 de comprimento, conforme plano já organizado."  O nome Melpômene era uma homenagem à musa da tragédia grega. Contrariou a opinião de alguns homens públicos da época, que pretendiam que se chamasse TDP - Theatro Dramático Público". Segundo alguns articulistas, a mudança do nome para Melpômene foi uma forma de evitar o escárnio da oposição que traduziu imediatamente a sigla TDP, como "Teatro de Pau", ironia ao fato do mesmo ter sido construído de pinho-de-riga. Entretanto, a mudança daquela para outra sigla TM, inserida no frontispício (Theatro Melpômene), passou a ser lida, pelos opositores ao Governo, como "Theatro de Madeira". Tais adversários criticavam o "dispêndio de 402 contos de réis, gastos com a construção de teatro e a desapropriação da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Prainha.
          A construção foi iniciada no dia 14 de dezembro de 1895, pelo Governo Moniz Freire (1892-1896), no antigo largo da Conceição (atual Costa Pereira), no local onde está hoje o Hotel Império, na entrada da Rua 7 de setembro, esquina com Graciano Neves. O Projeto foi elaborado pelo engenheiro italiano Felinto Santoro, Diretor de Obras do Estado. Segundo André Carloni, depois de deixar o cargo, Santoro saiu de Vitória, tendo voltado à Europa. Este também dirigiu as obras, auxiliado pelos engenheiros e colegas do órgão público, Leopoldo Cunha, Antônio Francisco Atayde, Rossi e pelo arquiteto Guilherme Oatis.
                                                       continua...

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