Embora conhecido como um dos expoentes do modernismo brasileiro, atuando desde a década
de 30, Burle Marx desenvolveu até o início dos anos 50 uma pintura de figura humana,
natureza morta e paisagem, influenciada pelas vanguardas européias, mais especificamente
pelo Expressionismo e pelo Cubismo.
O painel da SEFA, além
dessa relação com o Cubismo, marca a passagem da pintura burlemarxiana para a
abstração. No entanto, ainda se percebem nessa obra algumas formas que traduzem certa
relação com o mundo objetivo. As cores usadas agora pelo artista não estão
subordinadas a nenhum conceito de realidade, mas são empregadas com total liberdade,
atendendo apenas a uma concepção estética do autor. |
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Burle Marx (à esq.) e seu assistente
durante pintura do painel
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