Nasceu em Lyon, França, em 1798 e faleceu em 1882.  Desenhista e pintor, fixou cenas do cotidiano e situações grotescas dos tipos e costumes brasileiros, acentuando-lhes a maneira dos caricaturistas o lado ridículo, de forma satírica, além de paisagens.  Chegou ao Rio de Janeiro em 1858, onde foi apresentado a um imigrante, italiano, tirador de jacarandá no Espírito Santo, o qual o guiou até Santa Cruz, onde prometeu ao francês que este poderia usar trabalhadores e índios como modelos. No entanto, Biard viajou do Rio para cá, a bordo do navio "Mercury", o qual trazia colonos alemães, desembarcando em Vitória no dia 4 de novembro de 1858. Na entrada do porto de Vitória, fixou o panorama da fortaleza, impressionando-se com as dimensões da bandeira ali hasteada, a qual lhe pareceu maior que o próprio porto.
          De Vitória, segue por estrada margeando a costa, passando por Nova Almeida, onde descreve a aldeia indígena e a vida dos moradores. De lá vai para Santa Cruz, onde desenhou o frontispício da Igreja da Vila, escorado por andaimes, tendo na parte traseira a primitiva capela, que não passava de uma palhoça. Ali pintou aspectos da floresta, formigas cabeçudas gigantes, orquídeas, cenas folclóricas, retratos, caranguejos e insetos (bichos de pé, pulgas, carrapatos, pernilongos), sapos, cobras, etc.

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