Johan Moritz Rugendas

          Nasceu na Alemanha em 1802 e faleceu em 1858.  Pintor e desenhista oriundo de uma família de pintores alemães. Em 1818, ingressou na Academia de Arte de Munique, dedicando-se à pintura de paisagens e cenas de gênero.  Em 1821 fez sua 1ª viagem ao Brasil. Convidado pelo barão George Von Langsdorff, cônsul da Rússia, para integrar, como desenhista, uma expedição científica ao Brasil, embarcou em 1824 para o Rio de Janeiro. Acompanhando Langsdorff visitou Minas Gerais onde fez registros pictóricos em diferentes localidades, com destaque para Ouro Preto e para os índios Monoxós e Maxacalis, retratando as suas atividades, entre elas a coleta de palmito. Depois de desentendimento com Langsdorff, seguiu sozinho para o Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo e Bahia, onde desenhou paisagens, vistas de cidades, monumentos, índios a mineração do ouro.
          No Espírito Santo interessou-se principalmente pelos índios botocudos que o acompanharam a diferentes localidades, os quais levaram o alemão de canoa pelo Rio Doce.  Em 1825 regressou à Europa, levando consigo mais de 500 desenhos, muitos dos quais ilustraram a obra Viagem Pitonesca através do Brasil. Parte destes se perderam na guerra e outros acham-se espalhados por adeções particulares no Brasil e no Exterior. Na Biblioteca Municipal "Mário de Andrade", em São Paulo, existem 10 desenhos de Rugendas. Os desenhos e pinturas realizados no Espírito Santo nunca foram identificados.  Depois da Conclusão de sua "Viagem Pitonesca", Rugendas viajou cerca de 14 anos pelo México, Chile, Peru, Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil, retornando à Alemanha em 1846 com enorme acervo de desenhos e esboços.

FONTES: ROCHA, Levy. Viajantes Estrangeiros no Espírito Santo. Brasília, Ebrasa, 1971

anterior

próxima

início