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Concertinas
Existem também muitas variedades de instrumentos quanto a tamanho, afinação e palhetas,
que podem ser de metal ou de madeira. A maioria desses instrumentos ainda em uso na
região de Santa Leopoldina, Santa Isabel e Domingos Martins, foram importados da
Alemanha, entre 1880 e 1890, por Albert Richard Dietze, alemão que se radicou em Sta.
Leopoldina, atuando como fotógrafo, músico, comerciante e membro do corpo consular
alemão. Américo Berlomatti, um dos mais conhecidos e conceituados concertinistas da região de Santa Teresa, afirmava, em 1981, ao jornal "A Gazeta", que a tradição de tocar concertina tende a desaparecer. Segundo ele, já não era possível reunir, naquele ano, aos domingos depois da missa, no bar do Clemêncio, em frente a Igreja Matriz, um conjunto de concertinistas. O desinteresse dos jovens pela música e pelo instrumento e a desativação gradativa das velhas concertinas, inutilizadas pela falta de especialistas em reparos e afinadores competentes, tem contribuído para que os velhos instrumentos se transformem, cada vez mais, em objetos raros e valiosos, o que põe em risco a preservação da arte trazida para o Espírito Santo pelos pomeranos e alemães. ![]() FONTES: A Gazeta, Vitória, 10 de maio 1981, p.1 (Caderno Dois). Entrevista do Sr. Henrique Bucher à autora, em agosto de 1998. |
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