Fotografia13

Albert Richard Dietze

Nasceu na Alemanha, em 1838. Faleceu em Santa Leopoldina (ES), em 1906. Em 1869 imigra para o Brasil, passando a trabalhar no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Pouco depois, ali instala a sua "Photographia Alemã", circulando por várias localidades, inclusive pelo Espírito Santo, à procura de clientes que se interessassem pelos seus serviços de retratista. Os filmes eram levados para revelar e ampliar no seu estúdio do Rio de Janeiro. Em 1873, casa-se com Frederica Cristina Henrietta Sacht, também alemã, que havia chegado ao Brasil com apenas 6 meses de idade. Dessa união tiveram 9 filhos. No mesmo ano, Dietze abre seu empreendimento fotográfico em Vitória, na Rua General Osório n.º 22. Intensifica as viagens por todo o interior do Estado, percorrendo especialmente as colônias agrícolas, fotografando os imigrantes e suas famílias, suas lavouras, casas, casamentos e outros eventos, aproximação que era facilitada em razão da origem e por falarem a mesma língua.
A boa aceitação de seus trabalhos e o conseqüente aumento das encomendas, parecem explicar o motivo pelo qual em 1874, o fotógrafo optou por transferir seu estúdio e por fixar residência em Santa Leopoldina. Entusiasmado com a beleza natural da região e com o progresso econômico de seus conterrâneos, tornou-se uma espécie de repórter fotográfico da vida dos colonos leopoldinenses. Muitas das fotografias que Dietze produziu sobre a paisagem, o preparo da terra, colheitas, construções e outras atividades envolvendo diretamente os alemães, foram enviadas por ele à Imperatriz Tereza Cristina, a quem pedia auxílio para publicar um folheto ilustrado com fotografias, que serviria para fazer propaganda do Brasil na Europa, estimulando a imigração espontânea de alemães para cá. Parte desse acervo de imagens encontra-se hoje na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Fotografou também os índios Botocudos.
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