Celina Rodrigues (Patrícia Celina Rodrigues)

            Muda-se depois para Vitória onde intensifica outra vez a produção artística. Entretanto, as exposições são cada vez mais espaçadas e os quadros passam a ser amontoados à espera de compradores que raramente chegam. Apesar de todas as dificuldades para mostrar e comercializar as obras, a arte permanece sempre latente, o que faz com que Celina Rodrigues continue pintando. Em mais de 50 anos de dedicação ora mais ora menos intenso, a artista deixa-nos um enorme legado pictórico de cerca de 4.000 obras, no qual predominam as paisagens de sua terra: vistas do Monte Agá (Piúma), Cachoeira de Matilde (Alfredo Chaves), da Pedra Azul (Domingos Martins), do Vale do Canaã (Santa Teresa), do Convento da Penha (Vila Velha), Itaúnas, Praia do Canto (Vitória). São visões muito particulares, mais emocionais e subjetivas do que meramente retinianas, traduzidas por um belo jogo de planos, formas e cores, com predomínio dos azuis, violetas, verdes, castanhos, que convidam o fruidor a empreender uma viagem pelas sutilezas de seus vales ondulantes, repletos de magia e encantamento.
          Embora pouco conhecida das gerações mais jovens, Celina Rodrigues teve papel destacado no período de gênese do nosso modernismo pictórico.

FONTES: A Gazeta, Vitória, 09 nov. 1948, p.8; 17 out. 1979
               A Tribuna, 28 nov. 1948, p.1; 30 nov. 1948, p.4
               Catálogo, da mostra "Celina Rodrigues", Galeria de Arte "Álvaro Conde", Vitória, 1991
               Vida Capixaba n.º 654, 15 de março 1947; n.º 683, jan. 1948; n.º 684 fev. 1949.

 

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