Homero Massena

          Com a derrota dos constitucionalistas, Massena é preso e ameaçado de ser exilado. O relacionamento com os líderes governamentais garante-lhe a permanência no Brasil e a liberdade. Como político, atuaria como Prefeito de Bonfim (MG) durante um ano. Em 1940, realiza exposição individual em salvador, cidade onde atua como professor da Escola de Belas Artes, por curto período. Em 1942, expõe em Recife (PE) e em 1945, em Vitória. Retorna definitivamente a Vitória, em 1951, a convite do Governador Jones dos Santos Neves, ex-aluno e amigo de Masena. Aqui, passa a lecionar pintura na Escola de Belas Artes local, auxiliando na sua fundação (1951), ali lecionado de 1957 até 1961, quando a escola foi federalizada e incorporada à UFES. A partir desta data, torna-se seu primeiro diretor.
          Freqüentou, durante cerca de 50 anos a casa de Cavalier no Rio de Janeiro. Era nesse local que se reunia a intelectualidade artística de todo o país, para conversar sobre arte. Reunia-se também com um grupo de artista no porão do Museu Nacional de Belas Artes, transformando num grande ateliê livre. Apreciador de literatura, foi leitor e admirador de Euclides da Cunha, Eça Queiroz e Dostoievky, Homero Massena escreveu também dois livros: "Atribulações de um capichaba", publicado pela imprensa Oficial, em 1965 e "Barbacena", (escrito em 1974) que permaneceu inédito. Como pintor teve especial predileção pelas paisagens, marinhas e florestais, embora também pintasse figura humana. Pintou inúmeras vezes o mesmo recanto Espírito-Santense, como a Prainha de Vila Velha. Faria os esboços no próprio local visitado e transferia-os depois para as telas, dentro do ateliê. Seja pela pincelada rápida fragmentada ou pela intensa luminosidade da cor de suas obras, Massena se aproxima, algumas vezes da pintura impressionista francesa.
         
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