O Teatro no Espírito Santo

          Entre as sociedades dramáticas existentes em Vitória no final do século XIX, há referências à "Sociedade Dramática Particular Capichaba", que mantinha uma sala pequena, cujos cenários eram feitos por Antônio Cezimbra; o Grêmio Dramático Particular 7 de Setembro, ( antes Melpômene), em Cachoeiro do Itapemirim.
          Depois do advento do cinema, do rádio, ( e mais tarde da televisão), o quadro de apresentações e o interesse pelo teatro enfraquece e se altera. Os antigos teatros se transformam em salas de projeção do novo produto de massa: mais barato, constante e eficaz que o teatro.
          Entre 1920 e 1950, além de peças de autores nacionais, foram encenadas muitas peças de autores capixabas, entre elas "Só Orso", de Deocleciano Nunes Coelho; "Arrufos", de Ciro Vieira da Cunha; "Amor de mãe"e "Filhos do Brasil", de Virgínia Tamanini; "A Muqueca de Belmira", "Os Sinos da Penha", "A cabecinha de Venteo", "Pensão do Capixaba", de Ernesto Guimarães; "Cinco Noivados", de Kosciuszko Barbosa Leão; "Canto do Industão"e "Uma festa na casa do coroné Ozedo", de Américo Costa; "Auto de Nossa Senhora da Penha", de nilo Bruzzi; "Deus e Natureza"e "Divino Perfume", de Renato Viana. O teatro Glória, foi o mais requisitado nesse período.
  Na década de 60, os grupos amadores comunitários começam a encerrar sua atividades para entrarem numa fase semiprofissional, cuja liderança é exercida por Clodoaldo Viana e Paulo de Paula.   Os grupos semiprofissionais iniciam a montagem de peças de autores nacionais e estrangeiros já consagrados, como foi o caso de "Arena Conta Zumbi", de Augusto Boal e Guarnieri, com música de Edu Lobo, pelo Grupo Geração, em 1967, cujo trabalho prossegui com apresentações até 1980.  Esse período coincide com a ditadura política, que apesar da interferência da censura, foi de grande produção e efervescência criativa, ampliando-se a atuação dos grupos teatrais e o número de casas de espetáculos, com montagem de muitos trabalhos.
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