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Os Jardins 

          Inicia-se aí um verdadeiro périplo, empreendendo viagens intermináveis por diferentes regiões do país, acompanhado de botânicos para conhecer o habitat, coletar e catalogar espécies vegetais, muitas delas descobertas e batizadas por Burle Marx com o seu nome. Essas viagens permitiram-lhe confirmar a beleza e prodigalidade da natureza brasileira e denunciar, incansavelmente, a agressão à paisagem natural e ao solo, ameaçando a sobrevivência de muitas espécies vegetais e animais, em razão de desmatamento, queimadas, garimpos, retirada de recursos minerais... .
         Foi numa dessas viagens que Burle Marx, visitou pela primeira vez, em 1941, o norte do Espírito Santo: São Mateus, Conceição da Barra, Nova Venécia e Pancas. Revelou-se maravilhado com a beleza e a diversidade de espécies exóticas, entre elas plantas desconhecidas, como a nomeada Merianthera burle-marxii, entre outras. Coletou bromélias, vellozias, orquídeas, clúsias, palmeiras, muitas delas transplantadas no jardim do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Voltaria ainda outras vezes ao Espírito Santo, com o mesmo objetivo. Trinta anos após a primeira visita, declarava numa entrevista à Revista Veja: " No Espírito Santo, vi uma região que me deslumbrou (...), pela sua beleza, inteiramente transformada. O vale do Pancas, perto de Colatina, foi um dos mais belos monumentos da natureza que vi em minha vida. Há sessenta anos, tinha tribos de índios. Além das matas, crescia nas encostas e nas grandes montanhas de pedra uma flora 'sui generis' , de uma riqueza extraordinária. Há vinte anos, quando estive lá pela segunda vez, a região ainda era bela. Da última vez, recentemente, fiquei

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