Moacyr Fraga

          Para desespero do tio, o menino ali permanece "riscando" projetos, jogando futebol e estudando muito pouco. E é com as poucas economias geradas por esse tipo de trabalho que Moacyr resolve se mudar para o Rio de Janeiro.  Passa a viver na casa do tio Luiz Fraga, jornalista capixaba que atuava no jornal vespertino "Boa Noite". De início não sente grande atração pela cidade grande: a falta dos amigos e de perspectivas de trabalho fazem-no pensar em retornar a Cachoeiro de Itapemirim. Foi graças à insistência do tio e do primo Helmar (filho de Luiz Fraga), que Moacyr vai adiando a decisão. Muda de idéia quando recebe sua primeira encomenda para um projeto: um túmulo para a esposa do jornalista Victor da Silveira (amigo do tio), recém-falecida. Este último, surpreso com o talento do jovem, apresenta-o ao arquiteto hispano-brasileiro Luís Morales de Los Rios, que lhe promete trabalho na Exposição do Centenário, o que nunca ocorreu.  Emprega-se como desenhista de uma empresa alemã recém-instalada no Rio de Janeiro e que lhe traria a oportunidade de conhecer novos materiais e técnicas de construção. Candidata-se, mais tarde, ao cargo de desenhista da empresa de engenharia Bahiana & Fortes, sendo o escolhido entre inúmeros desenhistas e arquitetos inscritos. Foi aí que tomou consciência dos obstáculos que teria que enfrentar, por não ter uma base sólida de arquitetura, o que o leva a decidir-se por ingressar no curso da Escola de Belas Artes. Ajudado pelo tio Luiz Fraga, estuda Português, Francês, Italiano, Matemática, História, Geografia e outros componentes exigidos dos candidatos, empenho que lhe garante a admissão no curso de Arquitetura, em 1922.

PROCURAR TAMBÉM:

anterior

próxima

início