Entre os nomes que se tornaram mais conhecidos como artesãos dessa região são citados os de Olga Zaché, em Guarapari; Carmem e Aldair Santana (ou Lili) e Geny Cola Pereira, em Piúma.  Olga Zaché nasceu em Colatina, em 1928. Fez o curso primário em Santa Tereza, para onde os pais se transferiram quando ela era ainda pequena.  Na juventude volta com a família para Colatina, onde Olga se casa com José Dias da Silva. Pouco depois do casamento, o casal muda-se para Linhares onde o marido trabalha como açougueiro. Em razão de problemas de saúde de José, o médico, recomenda-lhe as "areias pretas" de Guarapari, como terapia, o que obriga o casal a transferir-se para aquela cidade. Instalam-se no bairro de Muquiçaba, à beira mar. Depois de ver alguns trabalhos feitos com conchas, numa vitrine, feitos por duas artesãs, que ela conhecia apenas por "Madame Cruz" e "Dona Ana", começa a pegar as conchas mais bonita que encontrava na praia. Depois, começa a tentativa de produzir com elas algum objeto, ensaiando reproduzir as mesmas figuras de baianas feitas pelas duas mulheres citadas, cujos trabalhos exerceram sobre Olga estranho fascínio.
          Aos poucos vai aprimorando não só a técnica, mas diversicando o número de figuras, com as conchas encontradas nas areias das praias de Muquiçaba: pássaros, músicos, baianas, sapos, além de um número considerável de objetos utilitários, tais como: colares, broches, cinzeiros, chaveiros, cortinas, entre outros.
           Depois de juntar uma quantidade grande peças, encontrou um comerciante, Arlindo Loureiro, que se interessou pela produção e lhe arrematou todo o estoque.   A partir daí a produção só aumentou e garante o sustento do casal. Olga passa a comprar as conchas catadas por mulheres e crianças de baixa renda e por pescadores da região, que se dirigem a sua casa.
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