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Artesanato
de conchas As conchas são
separadas por tamanho e por espécie. Depois são limpas em baldes com água santária ou
soda cáustica e lavadas em água corrente, antes de secarem ao sol ou serem levadas ao
forno para perder o odor característico. Após esse processo são
furadas com ferramental próprio e coladas com cola, breu e pó secante, no processo de
montagem das peças. Após concluído, cada objeto é pintado com tinta de artesanato.
Algumas peças são complementadas com outros materiais, como sementes, miçangas, fios,
fitas, arames, flores de plástico ou tecidos. Antes de sairem de sua casa para serem
vendidas nas casas comerciais da região de Guarapari, a artesão escreve nas peças, com
tinta nanquim: "Lembrança de Guarapari".
Dona Carmem, como é conhecida em
Piúma, nasceu em Anchieta, cidade onde se casou. Muda-se ainda jovem para Piúma. Numa viagem a Guarapari vê e se interessa
pelos objetos de conchas que admira nas lojas da cidade. Passa a reproduzir alguns desses bonecos e se empolga com a
atividade, tanto pela satisfação que o trabalho lhe proporciona, como pela açeitação
de seu artesanato pelos turistas e pelos comerciantes locais, o que lhe garante a
sobrevivência. Embora as possibilidades criativas sejam muito limitadas, Carmen enfrenta
o desafio de ampliar, gradativamente, a sua coleção de objetos de conchas, aos quais ela
atribui nomes : "Esquilinho", "Casa de Pombo",
"Ursinho","Sapinho","Coruja",
"Baianinhas","Bonequinhas", "Pescadores", "Menina com
Sombrinha", etc.
Altair Santana, mais conhecida por
Lili, nasceu em Cachoeiro de Itapemirim. Cursou contabilidade, exercendo a profissão
durante alguns anos. Abandona tudo para se dedicar inteiramente ao artesanato, em Piúma.
Trabalha numa oficina equipada, na própria residência. Na tarefa de montar e pintar as
peças é auxiliada por alguns aprendizes, de cujas mãos vão tomando forma, com conchas,
caramujos e corais, recolhidos durante a ressaca do mar, ou adquiridos de catadores da
região: bonecos, bichos, objetos utilitários, etc.
continua... |
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