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João Alves da Rocha Branhos
Calígrafo e desenhista, atuante em Vitória. Em 1882, expôs no estabelecimento
comercial de Andrade Gomes, à Rua Duque de Caxias n.º 20, um retrato a crayon, do
Visconde do Rio Branco. O trabalho foi muito elogiado através da imprensa, visto como
"perfeito e correto na elaboração" e foi oferecido pelo autor à Caixa
Econômica de Vitória. Em 1886 expôs na Casa Comercial de José Antônio Soares,
à Rua da Matriz, vários quadros elaborados a crayon. Em 1888, a imprensa volta a
citar que um retrato do Papa Leão XIII, também a crayon, foi oferecido pelo padre
Francisco Antunes de Siqueira, como prêmio à quermesse, que deveria angariar fundos para
a realização de uma exposição Provincial. Juntamente com a oferta, o padre enviou
carta aos organizadores do evento, onde tece elogios ao autor do trabalho: "Orgulhoso
pelo gênio que tem inspirado os talentos de alguns de meus patrícios, venho oferecer-vos
um produto das Belas Artes, relevo do aprimorado gosto de João Alves da Rocha Paranhos.
[...]. Os traços regulares, delineados pela mão de um curioso, alheio às regras da
arte, que exprimindo o caráter do alheio às regras da arte, que exprimindo o caráter do
venerando ancião, revelam as tendências desse moço, que na academia, bem adestrado
(sic), em fina tela, com delicados pincéis e cores, tornar-se-ia um êmulo de Miguel
Ângelo ou Torquato Tasso [...]."
FONTES: A
Província do Espírito Santo, Vitória, 05 dezembro 1888, p.3. O Espírito-Santense, Vitória, 21 jul 1886, p.2 e 3; 08 dez.1888, p.1 e 2; 09 fev. 1889, p.2 e 13 março 1889, p.3. LOPES, A S. Arte no Espírito Santo, do século XIX à Primeira República. Vitória, A1, 1997. |
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