Alcebíades Ghiu (Al Ghiu) 

          No Rio de Janeiro, matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, onde estuda durante dois anos. Foi um período de grandes dificuldades e provações: sem dinheiro para comprar alimentos e roupas, uma vez que gastava os parcos recursos recebidos da bolsa na aquisição de material de pintura e no aluguel de um imundo e sombrio barracão na rua da Quitanda, dividido com um colega de profissão.
          Passa depois a viver na casa de parentes, em São Cristovão, muito próximo ao estúdio de Ademar Gonzaga (Cinédia) e recebe ajuda de um amigo e ex – colega da Vale do Rio Doce, que, ao encontrá-lo tão maltratado no Rio de Janeiro, arranja-lhe um emprego na Prefeitura Municipal daquela cidade, o que lhe garante melhores condições de vida e novos relacionamentos sociais. Passa a freqüentar exposições e um curso de modelo vivo, orientado pelo caricaturista e pintor Calixto (Klixto – 1877 – 1957), na Associação Brasileira de Desenho do Rio de Janeiro, ao lado de colegas como Ivan Serpa, Carmelo Cruz, Sílvio Teles, Jorge Brandão.
          Freqüenta também as rodas de artistas no "Vermelhinho", de fronte à Associação Brasileira de Imprensa e o "Amarelinho" na Cinelândia, pontos de encontro de escritores, pintores, escultores, intelectuais e cineastas.
          Matricula-se na Fundação Getúlio Vargas, onde foi aluno de importantes professores – artistas, entre eles Santa Rosa, que lhe ensinou pintura e desenho, Axl Leskoschek, xilogravura e gravura em metal e Hannah Levy, História de Arte. As aulas eram dadas na casa de Burle Marx, no Leme. Entre seus colegas estavam Ivan Serpa e Nagasawa, entre outros.  Fez também um curso ministrado por Cândido Portinari, num casarão do Cosme Velho. Foi aluno da Associação de Belas Artes e do Liceu de Artes e Ofícios, onde freqüentou os cursos de águaforte, escultura e violino.
    continua...

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