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Alcebíades Ghiu (Al Ghiu)
Por volta de 1944 ou início de 45, o artista convida o crítico de arte Lindolfo Barbosa
Lima (que viveu alguns anos em Vitória e se muda na década de 50 para Recife), para ver
suas telas. "Ele viu e não gostou. Disse-o francamente, o que para muitos poderia
parecer indelicadeza, mas que representava convicção e lealdade (...). Classificou
inclusive de baboseira o trabalho do jovem pintor. Contudo, uma palavra de
estímulo no meio da crítica severa: que continuasse e o chamasse mais tarde para ver os
novos quadros, o que prova que o Dr. Barbosa Lima via qualidades no artista, procurando
chamá-lo à realidade do estudo e do progresso, mediante uma censura de céu aberto.
Alcebíades Ghiu prosseguiu pintando, estudando, procurando melhorar o emprego das
cores". (Santos, 1956). No final de 1945, foi Barbosa Lima quem procurou o artista para conversar sobre arte e para ver sua pintura, em nova visita ao ateliê modesto. O crítico fica admirado com o progresso do jovem e passa a orientá-lo, organizando inclusive uma exposição de seus trabalhos na Casa do Estudante Capixaba, abrindo-lhe assim o caminho para dias de sucesso no Rio de Janeiro. A exposição teve êxito de vendas e público visitante. O próprio Barbosa Lima (então crítico de arte do Jornal A Gazeta) intercede junto ao Governo Estadual para que este amparasse o artista, concedendo-lhe uma bolsa de estudos: 350,00 (cruzeiros) mensais, mais a passagem, para que fosse para o Rio de Janeiro se aperfeiçoar. Alcebíades, segue para a Capital Federal, em 1946, com essa quantia irrisória e insuficiente para a sua manutenção, mas carregando na bagagem uma vontade imensa de vencer e de poder sobreviver graças ao trabalho artístico. ![]() |
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