Museu de Arte Moderna do Espírito Santo

          A instalação do museu na rua Barão de Monjardim permitiu não só a realização de Salões de Artes Plásticas de Vitória (1966, 67 e 68), contando com a participação de artistas locais e de diversas regiões brasileiras e colocando a capital Espírito-Santense no mapa cultural do país, mas a sua cinemateca exibiu filmes até então inéditos na cidade. Em sintonia com os ideais dos componentes do Cineclube Alvorada, a Cinemateca do MAM trouxe filmes e possibilitou debates em torno das propostas estéticas de Orson Welles (1915-1985), Truffau(1932-1984), Bergman (1918-?), Godard (1930), Fellini (1920 – 1993), ofereceu cursos de iniciação cinematográfica e contribuiu para a realização do 1º Ciclo de produção cinematográfica do Espírito Santo (iniciado com o filme "Indecisão", de Ramon Alvarato), em 1967.
          O I Salão Nacional de Artes Plásticas contou com a participação de 78 artistas de 10 Estados brasileiros, totalizando 213 trabalhos entre pintura, desenho, gravura, escultura, tapeçaria. O II Salão teve repercussão ainda maior, registrando a participação de 125 artistas de 8 estados e visitado por mais de 10 mil pessoas, quase o dobro do público que visitou o salão realizado no ano anterior (1966). Os Salões ofereciam prêmios às obras selecionadas por um júri de críticos de arte, artistas e personalidades, entre eles Harry Laus (crítico do Jornal do Brasil), Rubem Braga (na época crítico de Arte em jornais e revistas), Teixeira Leite (crítico de arte), Marcelo Vivacqua (diretor da Escola de Belas Artes da UFES), Moacyr Figueiredo e Maurício Salgueiro (professores da UFES, UFRJ e artistas). Entre os artistas expositores são citados nesses salões: Aldemir Martins, Teresa Miranda, Décio Noviello, Ivan Serpa, Antônio Peticov, Tomás Perina (medalha de bronze em 1966), Erika Steimberg, Aldir Mendes de Souza (1966), Jaime Yesquenluritta (medalha de ouro, 1966) Eliana Maria Lucas Vilasa (medalha de bronze, gravura, 1966), Mary Yoshimoto (2º prêmio escultura, 1967), Teresinha Veloso, Ilária Rato Zanandrea (medalha de prata, gravura, 1967), Mário Cravo, Fayga Ostrover, Chanina, Ricardo Gatti (medalha de ouro, 1968), Vilma Pasqualine (Prêmio Governo do Estado, 1967), Jerusa e Rafael Samu (1966). O Último recebe medalha de bronze.
   continua... 

anterior

próxima

início