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Teatro no Espírito Santo
A expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1760, começa a abalar e a fazer desmoronar o
poder da igreja, o que permitiria que a atenção se voltasse agora para outras questões
de natureza social ou política, embora esse processo só fosse acelerado no início do
século XIX. Muitos dos textos ou improvisações teatrais são escritos e dirigidos pelos
colonos brancos, agora livres do controle e dos objetivos religiosos, mas como forma de
lazer ou diversão dos habitantes das cidades, povoados ou fazendas. Os temas
diversificam-se: farsas, melodramas, sátiras sociais, dramas religiosos e dividiam-se em
espetáculos para adultos e para crianças. Segundo Basílio Demon, realizaram-se na Vila de Vitória, em 1816 encenações teatrais em homenagem à coroação de D. João VI, que se transferiu um pouco antes para o Brasil. Essas encenações duraram cerca de 9 dias, e constavam de peças improvisadas em praças públicas, galpões ou terreiros de fazendas e salas se residências da elite local ou mesmo em salões dos edifícios públicos. Muitos grupos de teatro começam a se formar espontaneamente em diferentes regiões, os quais se apresentavam nas comunidades menoresdas proximidades, viajando os atores a pé, a cavalo ou em carros de bois. O teatro além de uma forma de lazer que supria a falta de outras opções locais, tinha também uma função educativa, numa época em que muito pouca informação circulava, se considerarmos que os primeiros jornais só vão surgir na metade do século passado, no Espírito Santo, e os jornais estrangeiros demoravam muito a chegar até nós. ![]() |
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