![]() |
O
Teatro no Espírito Santo
A partir do momento em que
aumenta o número de grupos teatrais comunitários, se amplia também a preocupação com
a qualidade do texto, com a técnica e com a caracterização dos atores, cenários, etc.,
em razão da competição e disputa que se estabalece entre os diferentes grupos
regionais. Começam a se formar associações de artista, dirigidas especialmente por
italianos e portugueses, que darão origem, nas décadas de 1870-80, a algumas sociedades
teatrais amadoras. Alguns dramaturgos locais começam a se destacar pela consistência literária, poética ou pela veia sátira de seus textos. Entre eles está o padre e professor de latim, em Vitória, Marcelino Pinto Ribeiro Duarte ( nascido na Serra, 1788 1860), que estréia como dramaturgo em 1816, dirigindo um grupo de seus alunos, na montagem de um drama de sua autoria, durante os festejos comemorativos da coroação de D. João VI, já citados. A montagem deu-se num galpão, levantado para esse fim, em frente ao antigo Colégio dos Jesuítas e Igreja de São Tiago ( hoje Palácio Anchieta). Afastado do cargo de professor de latim, por desentendimentos políticos e pessoais (acusado de mundano)com o governador Francisco Alberto Rubim, o padre Marcelino Duarte transfere-se para o rio de Janeiro, em 1817. Esse episódio foi narrado num poema satírico de autoria do padre, denominado "Derrota de uma viagem ao rio de Janeiro, em 1817". Queixa-se a D. João VI da atitude de Rubim, a quem acusava de "opressor e déspota", Marcelino escreve, em 1819, uma "ode", de apologia ao poder real, após a exoneração de Francisco Rubim do cargo de Presidente da Província do ES, por João VI, o que permite ao padre voltar a Vitória no mesmo ano. ![]() |
![]() |
![]() |
anterior |
próxima |
início |