Teatro Melpômene

          A iluminação elétrica, gerada por equipamento próprio, movido a vapor, teve como responsável por sua instalação o mestre mecânico Amado Borges (pai do médico local Lucilo Borges dos Santos), tornando-se a primeira iluminação elétrica.
          Inaugurado em 23 de maio de 1896, com a Ópera Cômica "A Mascote", o Teatro Melpômene tornou-se a maior e mais importante casa de espetáculos do Estado, com capacidade para mais de 400 pessoas.   Na véspera da inauguração, o jornal Commércio do Espírito Santo, insere numa de suas colunas algumas considerações sobre o teatro: "Visitamos ontem o teatro público, uma das aspirações populares e, certamente, indispensável para despreocupação dos espíritos, num meio social como o nosso, onde há absoluta falta de diversões, para corrigir a monotonia de um viver sem graça.(...)
  O edifício assenta numa área conquistada ao domínio particular e sob o plano de moderna construção. Todo de madeira, guarda proporção suficientes em platéia e cenário, ressentindo-se apenas dos efeitos de toda a construção feita às pressas e a insalubridade do local escolhido. (...)    O teatro é totalmente construído de pinho, a começar por seus alicerces, sobre as quais descansam cruzetas alcatroadas.
A sua construção é elegante e a sua fachada bem delineada, sua disposição interna bem engenhosa, guardadas todas as prescrições da arte moderna.(...)  O palco tem espaço suficiente para a encenação de qualquer peça, havendo 8 camarins para comodidade de pessoal artístico. O foyer vasto e elegante, está proporcional à lotação calculada.  Nas varandas das gerais, no centro e acima do camarote oficial está escrito o nome do glorioso maestro Carlos Gomes, ao lado direito o de Verdi, à esquerda o do inspirado autor dos Hugnottes (sic)". O articulista criticava a ausência do nome de Jõao Caetano.(Commercio do Espírito Santo, 22 de maio de 1896, p.1).   
                                                                                                                                          continua...  

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