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Educação - Período Imperial
Com a criação de novas escolas,
lentamente vai-se organizando o sistema educacional da província. Em meados do século
XIX existiam 29 escolas de primeiras letras freqüentadas por 775 alunos, sendo 36 do sexo
feminino, que estudavam na única escola do gênero situada na capital; as duas aulas de
Latim, uma na capital e outra em São Mateus, e as de Filosofia e Francês eram cursadas
por 34 alunos.
O "Liceu de
Vitória", criado em 1843, só veio a ser implantado em 1854. Representou grande
avanço, pois nele os jovens capixabas podiam preparar-se nas matérias exigidas para
ingresso nas Academias do Império. Mas o ensino era precário em todos os níveis,
condição essa ressaltada em vários relatórios presidenciais. As causas eram
atribuídas à má remuneração do professorado, ao seu preparo insuficiente e à falta
de uma coordenação das aulas. Insistia-se na necessidade de um regulamento que pudesse
corrigir essas deficiências. Finalmente, em 1848, durante o período administrativo
do presidente Luiz Pedreira do Couto Ferraz, foi editado o primeiro regulamento das
escolas de primeiras letras da província, marcando o início de uma série de
regulamentos. Os outros vieram em 1861, 1869, 1873, 1877 e 1882.
Esse primeiro regulamento
dividia as escolas públicas de instrução primária em duas classes. As de primeira
classe destinavam-se ao ensino da leitura; da escrita; dos rudimentos da gramática
nacional; da teoria e prática da aritmética até proporções, inclusive; das noções
mais gerais da geometria prática; da moral cristã e da doutrina da religião do estado.
Nas escolas de segunda classe o ensino abrangeria as mesmas matérias anteriores,
excluída a geometria e limitada a aritmética à teoria e prática das quatro operações
de números inteiros. Nas escolas femininas o conteúdo do ensino seria idêntico ao das
de segunda classe acrescido de costura, bordado e outras prendas domésticas. |
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