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Período colonial: Entradas Como acentua
Sérgio Buarque de Holanda, em Visão do paraíso, foi a capitania do Espírito
Santo, no início do período colonial, e por quase dois séculos, uma das mais
importantes regiões de entradas organizadas em busca de minerais preciosos e de
apresamento de brasis. A maioria das entradas subiu o rio Doce até as regiões
desconhecidas, mais tarde chamadas de Minas Gerais.
Em 1553 Manuel Ramalho, autorizado
pelo governador geral Thomé de Souza, em sua entrada deu notícia de uma serra das
Esmeraldas, cuja descoberta, não confirmada, foi sonho acalentado em todo o período
colonial.
Em 1573 Belchior de Azeredo
apresou, no interior, cerca de 200 índios. Jesuítas também, como o padre Diogo
Fernandes, traziam das matas milhares de catecúmenos.
Em 1598 D. Francisco de Souza,
governador geral do Brasil, autorizou a entrada de Diogo Martins Cão, em busca da falada
serra das Esmeraldas, expedição que não teve êxito e foi repetida, em 1611, sob a
chefia de Marcos de Azeredo.Seus filhos Antônio e Marcos, em 1646, por ordem real,
perseguiram o mesmo objetivo, mas só encontraram pedras negras, que, levadas para
Portugal, se perderam em um naufrágio.
Em 1703 é aberta à mineração a
região do rio Castelo, afluente do Itapemirim, ao sul da então capitania, com provisão
autorizada a José Cardoso Coutinho e ao sargento-mor Thomaz Francisco Mendes.
Em 1710 o governador geral do
Brasil, D. Lourenço de Almada, em nome de El Rei D. João V, ordenou a suspensão da
exploração, proibindo que se fizessem estradas para as Minas Gerais e punindo os
contraventores com o confisco dos bens e degredo para Angola. Data daí o encerramento do
movimento oficial de entradas pelo litoral capixaba, ficando a capitania insulada, como
baluarte para impedimento de invasões e de contrabando. |
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